Aonde foi parar o meu sorriso,
Os meus desejos e o meu encanto?
Aonde foi parar a minha beleza?
Só vejo espanto...
Aonde foi parar aquele ar de menina,
Aquela delicadeza e doce voz?
Aonde foi parar a minha face?
Só vejo nós*...
Aonde foi parar o desejo de me ser,
A minha loucura delicada,
A minha vontade de vencer?
Aonde foram parar aquelas mãos,
Que rasgavam todo o seu coração
Quando se punham a escrever?
*Nós = dar nó.
Evellyn Ponciano.
Eu como, durmo, ando, bebo, respiro, sonho e penso em escrita o tempo todo! As palavras são o domínio da vida e eu, uma das maiores reféns delas. Prazer em conhecê-los!
domingo, 15 de janeiro de 2012
ENEGRECIMENTO EM MIM
Tudo é enegrecido em minha essência,
O amanhecer é sempre sombrio,
Não vejo fervor em minha existência,
À noite, por estar sozinha, sinto frio.
As noites gélidas me enchem de prazer,
Oh, melancolia, devolva a minha sorte!
Sou a mistura de tristeza e sofrer,
Estou de encontro com a morte!
Restam-me poucos segundos de vida,
Oh, metade minha sofrida,
Oh, amor meu que partiu
Devolvam aquela alegria viril
Que eu considerava tão querida,
Mas que você nem sequer viu.
Evellyn Ponciano.
O amanhecer é sempre sombrio,
Não vejo fervor em minha existência,
À noite, por estar sozinha, sinto frio.
As noites gélidas me enchem de prazer,
Oh, melancolia, devolva a minha sorte!
Sou a mistura de tristeza e sofrer,
Estou de encontro com a morte!
Restam-me poucos segundos de vida,
Oh, metade minha sofrida,
Oh, amor meu que partiu
Devolvam aquela alegria viril
Que eu considerava tão querida,
Mas que você nem sequer viu.
Evellyn Ponciano.
O MEU PÉ DE LARANJA LIMA: RETRATOS DE UMA INFÂNCIA
Apesar da minha pouca idade, já li muitos livros de autores maravilhosos. Confesso que foi difícil a escolha, porém o livro que me fascina e que jamais esquecerei é: O Meu Pé de Laranja Lima de José Mauro de Vasconcelos, da Editora Melhoramentos. Não existe livro mais emocionante!
O Meu Pé de Laranja Lima relata a história de Zezé, um menino de apenas cinco anos que mora com seus pais e irmãos. Zezé é muito pobre, mas, nem por isso, deixa que as dificuldades afetem o seu lado amoroso, meigo e precoce de ser. Ele, por aprender tudo muito cedo, fazia inúmeras artes e sofria muito com as várias surras que seu pai lhe dava, inclusive quando foi mostrar-lhe que sabia cantar um tango e o pai o achou vulgar. O menino, por se sentir muito sozinho, vivia conversando com um pé de laranja lima que, com o passar dos dias, se tornou o seu melhor e inseparável amigo. Foi com ele que Zezé aprendeu a criar, com muita ternura, um lindo mundo de fantasias.
Zezé também aprendeu a ler sem a ajuda de ninguém, pois eram poucas as pessoas de quem ele gostava de estar perto. Uma delas é a sua irmã Godoia, a única dos irmãos que o defendia em todas as circunstâncias e que o pequeno Zezé amava demais. E também, tinha o Sr. Manuel Valadares, a quem ele chamava carinhosamente de “Portuga” e que considerava como um pai. Por não ter o amparo e o carinho da família, procurava no Sr. Manuel todo o amor que uma criança merece ter.
No entanto, um dia o destino foi cruel, tirando-lhe as coisas que ele julgava mais importantes: o pé de laranja lima, que foi cortado e o Sr. Manuel Valadares, seu “Portuga” que foi tragicamente atropelado por um trem chamado Mangaratiba. Daí em diante, o menino conheceu a dor da perda e do sofrimento. Quis morrer, mas precisou ser forte para cumprir a promessa que fez ao Portuga e a si mesmo.
A história que José Mauro conta é baseada em sua vida e se passa em Bangu, bem próximo do Bairro onde moro. Durante a leitura, pude identificar alguns pontos que ele descreve e que ainda existem, tais como: o Cassino Bangu, os nomes de algumas ruas e a fábrica em que a mãe de Zezé trabalhava. Essa fábrica faliu, o prédio foi tombado e nele foi construído o Bangu Shopping, principal ponto de encontro dos adolescentes.
Por fim, fico muito feliz e aprendo um pouco mais cada vez que leio O Meu Pé de Laranja Lima. Emociono-me sempre e vivo cada conflito junto com o Zezé e, às vezes, penso estar mesmo vivendo aquilo tudo e me esqueço do mundo. É muito bom saber que existem autores que escrevem com o coração e conseguem transmitir valores aos leitores. E o melhor é que o livro pode ser lido por pessoas de qualquer idade, pois para os mais velhos há a essência da criança que jamais morrerá dentro de nós. E, para os jovens e as crianças, ensinamentos que levarão por toda a vida.
Evellyn Ponciano.
O Meu Pé de Laranja Lima relata a história de Zezé, um menino de apenas cinco anos que mora com seus pais e irmãos. Zezé é muito pobre, mas, nem por isso, deixa que as dificuldades afetem o seu lado amoroso, meigo e precoce de ser. Ele, por aprender tudo muito cedo, fazia inúmeras artes e sofria muito com as várias surras que seu pai lhe dava, inclusive quando foi mostrar-lhe que sabia cantar um tango e o pai o achou vulgar. O menino, por se sentir muito sozinho, vivia conversando com um pé de laranja lima que, com o passar dos dias, se tornou o seu melhor e inseparável amigo. Foi com ele que Zezé aprendeu a criar, com muita ternura, um lindo mundo de fantasias.
Zezé também aprendeu a ler sem a ajuda de ninguém, pois eram poucas as pessoas de quem ele gostava de estar perto. Uma delas é a sua irmã Godoia, a única dos irmãos que o defendia em todas as circunstâncias e que o pequeno Zezé amava demais. E também, tinha o Sr. Manuel Valadares, a quem ele chamava carinhosamente de “Portuga” e que considerava como um pai. Por não ter o amparo e o carinho da família, procurava no Sr. Manuel todo o amor que uma criança merece ter.
No entanto, um dia o destino foi cruel, tirando-lhe as coisas que ele julgava mais importantes: o pé de laranja lima, que foi cortado e o Sr. Manuel Valadares, seu “Portuga” que foi tragicamente atropelado por um trem chamado Mangaratiba. Daí em diante, o menino conheceu a dor da perda e do sofrimento. Quis morrer, mas precisou ser forte para cumprir a promessa que fez ao Portuga e a si mesmo.
A história que José Mauro conta é baseada em sua vida e se passa em Bangu, bem próximo do Bairro onde moro. Durante a leitura, pude identificar alguns pontos que ele descreve e que ainda existem, tais como: o Cassino Bangu, os nomes de algumas ruas e a fábrica em que a mãe de Zezé trabalhava. Essa fábrica faliu, o prédio foi tombado e nele foi construído o Bangu Shopping, principal ponto de encontro dos adolescentes.
Por fim, fico muito feliz e aprendo um pouco mais cada vez que leio O Meu Pé de Laranja Lima. Emociono-me sempre e vivo cada conflito junto com o Zezé e, às vezes, penso estar mesmo vivendo aquilo tudo e me esqueço do mundo. É muito bom saber que existem autores que escrevem com o coração e conseguem transmitir valores aos leitores. E o melhor é que o livro pode ser lido por pessoas de qualquer idade, pois para os mais velhos há a essência da criança que jamais morrerá dentro de nós. E, para os jovens e as crianças, ensinamentos que levarão por toda a vida.
Evellyn Ponciano.
sábado, 14 de janeiro de 2012
RACHEL DE QUEIROZ E FUZILEIROS NAVAIS: UMA PAIXÃO
O Ceará, em 17 de novembro de 1910, foi o berço onde nasceu uma menina brilhante que, mais tarde se tornou a grande dama da nossa literatura: Rachel de Queiroz.
Rachel de Queiroz, apesar de possuir pouco estudo serviu de exemplo para muitos, pois foi a primeira mulher a entrar para Academia Brasileira de Letras, em 1977, ocupando a cadeira de número 5. Segundo Arnaldo Niskier, ela sempre foi uma ótima acadêmica porque, além de demonstrar orgulho por estar ali, entre muitos homens, demonstrava-se sempre disposta, alegre, carinhosa, meiga, doce e sincera com todos, principalmente, quando se reunia nos chás das quintas-feiras com alguns integrantes da ABL. E, Rachel não é só fonte de inspiração para adultos. Hoje, é muito admirada por jovens que possuem uma paixão por bons escritores, pessoas que escrevem com a alma, assim como ela escreveu o romance “O Quinze”, no qual retrata a dura seca que afetou o Ceará em 1915.
Apesar de ter passado por momentos de grandes dificuldades, como ter sido presa, por fazer parte de um grupo comunista e perder a única filha e o marido, Oyama de Macedo, com quem conviveu 42 anos, Rachel não perdeu o entusiasmo, mantendo-se uma mulher forte, enfrentando todos os obstáculos e encantando a vida de muitas pessoas com seus maravilhosos e emocionantes livros.
O Corpo de Fuzileiros Navais era para ela uma grande paixão que não se excedeu à toa, pois os fuzileiros fazem um lindo trabalho há 150 anos. Quando tudo parece perdido, eles estão ali, prontos para resolver a questão. E, quando menos se espera, eles surgem como anjos protetores. Não há guerra sem fuzileiro! Eles foram e são indispensáveis em todas as situações difíceis que o Brasil já enfrentou e enfrenta. Assim, seria um equívoco imperdoável confundi-los com tropa colonial ou instrumento de tirania, pois sempre que lutaram foi em defesa da pátria.
A cada encontro deles com Rachel, estreitava-se o laço de amizade especial, pois renovavam a ternura e o amor que sentiam pela escritora a quem chamavam carinhosamente de madrinha.
Rachel de Queiroz, no andar superior onde se encontra, certamente está olhando por nós, seus leitores fiéis e pelos fuzileiros que a ajudaram no momento em que embarcava para o céu... – Foram eles que, com seus trajes de gala, usados apenas em ocasiões especiais, conduziram a madrinha querida à última morada, embalando-a com a marcha fúnebre...
Dessa forma, após todas as homenagens que ela já fez os fuzileiros eles continuarão aqui, não prestando uma homenagem individual e oculta, mas sim, dando a muitos a oportunidade de conhecer a mulher brilhante que foi Rachel de Queiroz.
Por fim, se a nossa sensibilidade pudesse nos fazer ouvir as palavras dos que já não estão neste mundo, certamente seríamos capazes de ouvir a madrinha dos fuzileiros dizendo emocionada: “Quando se houverem acabado os soldados do mundo – quando reinar a paz absoluta – que fiquem pelo menos os fuzileiros, como exemplo de tudo de belo e fascinante que eles foram.”
Evellyn Ponciano.
Rachel de Queiroz, apesar de possuir pouco estudo serviu de exemplo para muitos, pois foi a primeira mulher a entrar para Academia Brasileira de Letras, em 1977, ocupando a cadeira de número 5. Segundo Arnaldo Niskier, ela sempre foi uma ótima acadêmica porque, além de demonstrar orgulho por estar ali, entre muitos homens, demonstrava-se sempre disposta, alegre, carinhosa, meiga, doce e sincera com todos, principalmente, quando se reunia nos chás das quintas-feiras com alguns integrantes da ABL. E, Rachel não é só fonte de inspiração para adultos. Hoje, é muito admirada por jovens que possuem uma paixão por bons escritores, pessoas que escrevem com a alma, assim como ela escreveu o romance “O Quinze”, no qual retrata a dura seca que afetou o Ceará em 1915.
Apesar de ter passado por momentos de grandes dificuldades, como ter sido presa, por fazer parte de um grupo comunista e perder a única filha e o marido, Oyama de Macedo, com quem conviveu 42 anos, Rachel não perdeu o entusiasmo, mantendo-se uma mulher forte, enfrentando todos os obstáculos e encantando a vida de muitas pessoas com seus maravilhosos e emocionantes livros.
O Corpo de Fuzileiros Navais era para ela uma grande paixão que não se excedeu à toa, pois os fuzileiros fazem um lindo trabalho há 150 anos. Quando tudo parece perdido, eles estão ali, prontos para resolver a questão. E, quando menos se espera, eles surgem como anjos protetores. Não há guerra sem fuzileiro! Eles foram e são indispensáveis em todas as situações difíceis que o Brasil já enfrentou e enfrenta. Assim, seria um equívoco imperdoável confundi-los com tropa colonial ou instrumento de tirania, pois sempre que lutaram foi em defesa da pátria.
A cada encontro deles com Rachel, estreitava-se o laço de amizade especial, pois renovavam a ternura e o amor que sentiam pela escritora a quem chamavam carinhosamente de madrinha.
Rachel de Queiroz, no andar superior onde se encontra, certamente está olhando por nós, seus leitores fiéis e pelos fuzileiros que a ajudaram no momento em que embarcava para o céu... – Foram eles que, com seus trajes de gala, usados apenas em ocasiões especiais, conduziram a madrinha querida à última morada, embalando-a com a marcha fúnebre...
Dessa forma, após todas as homenagens que ela já fez os fuzileiros eles continuarão aqui, não prestando uma homenagem individual e oculta, mas sim, dando a muitos a oportunidade de conhecer a mulher brilhante que foi Rachel de Queiroz.
Por fim, se a nossa sensibilidade pudesse nos fazer ouvir as palavras dos que já não estão neste mundo, certamente seríamos capazes de ouvir a madrinha dos fuzileiros dizendo emocionada: “Quando se houverem acabado os soldados do mundo – quando reinar a paz absoluta – que fiquem pelo menos os fuzileiros, como exemplo de tudo de belo e fascinante que eles foram.”
Evellyn Ponciano.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
EU DANÇAVA SOZINHA
Eu dançava sozinha a procura do seu coração.
Eu dançava sozinha nas noites de céu aberto.
Eu dançava sozinha a procura de um deserto
Que nem sequer existia.
Eu dançava sozinha e assim chorava.
Eu dançava sozinha e por você esperava.
Eu dançava sozinha até enlouquecer.
Eu dançava sozinha morrendo de amor você.
Eu dançava e deixava meu coração vazio.
Eu dançava e me deixava perdida no frio
Para nas noites de outono eu me reencontrar.
Eu dançava sozinha perdida nas estradas.
Eu dançava sozinha triste e abandonada.
Eu dançava sozinha para, sozinha, eu me consolar!
Evellyn Ponciano.
Abraços!
Eu dançava sozinha nas noites de céu aberto.
Eu dançava sozinha a procura de um deserto
Que nem sequer existia.
Eu dançava sozinha e assim chorava.
Eu dançava sozinha e por você esperava.
Eu dançava sozinha até enlouquecer.
Eu dançava sozinha morrendo de amor você.
Eu dançava e deixava meu coração vazio.
Eu dançava e me deixava perdida no frio
Para nas noites de outono eu me reencontrar.
Eu dançava sozinha perdida nas estradas.
Eu dançava sozinha triste e abandonada.
Eu dançava sozinha para, sozinha, eu me consolar!
Evellyn Ponciano.
Abraços!
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
IMPORTANTE!!!
Olá! :D
Ando postando pouco, porque publico meus escritos aqui agora: www.recantodasletras.com.br/autores/evellynponciano
Visitem e comentem. Espero que gostem!
Abraços a todos!!!! :)
Ando postando pouco, porque publico meus escritos aqui agora: www.recantodasletras.com.br/autores/evellynponciano
Visitem e comentem. Espero que gostem!
Abraços a todos!!!! :)
2012
Chega uma hora em nossa vida que a vida nos cobra e precisamos decidir. Decidirmos se vamos continuar caminhando ou se permaneceremos parados. Decidirmos se iremos para esquerda ou para a direita. Decidirmos se faremos o certo ou o errado. Se agiremos com o coração ou com a razão. Decidirmos se faremos o que achamos melhor ou o que os outros acham que é melhor para nós. Decidirmos o nosso futuro, o nosso destino.
Deus nos presenteou com a coisa mais divina: o fôlego da vida; e Ele só nos dá a chance de usar este fôlego uma única vez. Então, aproveite sua vida o máximo, dê valor aos que estão ao seu redor, ame, abrace, beije, se apaixone, chore, diga que ama, sorria, cuide da saúde, estude, lute pelos seus objetivos e seja muito, muito, muito feliz! Porque 2012 está aí e nunca se sabe quando chegará a hora de dizer: adeus!
FELIZ ANO NOVO, GALERA!!!!!!!
PS: Desculpem por sumir! rs;
Deus nos presenteou com a coisa mais divina: o fôlego da vida; e Ele só nos dá a chance de usar este fôlego uma única vez. Então, aproveite sua vida o máximo, dê valor aos que estão ao seu redor, ame, abrace, beije, se apaixone, chore, diga que ama, sorria, cuide da saúde, estude, lute pelos seus objetivos e seja muito, muito, muito feliz! Porque 2012 está aí e nunca se sabe quando chegará a hora de dizer: adeus!
FELIZ ANO NOVO, GALERA!!!!!!!
PS: Desculpem por sumir! rs;
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